Queridos leitores, bom dia, boa tarde, boa noite, como vocês estão?
Espero que bem.
Hoje, dia 24 de fevereiro de 2020, segunda-feira de carnaval, fico divagando em pensamentos aleatórios sobre este grande feriado nacional, uma festa que não é de origem brasileira, mas que a nação tomou para si.
Uma das origens do carnaval foi na Grécia antiga em 600, AC, onde toda algazarra era regida por comida, bebida e prazeres carnais, já que o prazer nesta época era intensamente buscado. Em meio a festa, cultuava-se os Deuses e os agradeciam pelos dias fartos.
Com o advento da religião monoteísta o carnaval sofreu represália, já que muitos dogmas se impunham às práticas das festas liberais, assim, o carnaval foi se moldando com a época em que estava.
O carnaval qual conhecemos com fantasias e bloquinhos teve início na Idade Média durante o século XIX, desde então as festas se espalharam pelos continentes e em cada país comemora-se a sua maneira.
Isso é um breve resumo sobre o carnaval, mas o que realmente me faz pensar.
O carnaval uma festa sem pudor, que exala prazer, diversão, ainda consegue ser segregatista. Um Bom exemplo é o que aconteceu com uma cadeirante ano passado (2019), onde ela foi filmada dando um beijo em um jovem, e os amigos deste mesmo rapaz ficaram debochando a cena com dizeres “esse não perdoa ninguém” e “esse aí é herói”, e diante disso confirmo meu pensamento
A sociedade é ignorante em relação a quem é diferente, quem não segue os padrões preestabelecidos por uma sociedade que preza a estética e quem não segue esse padrão nojento sai fora desse circo, nós que possuímos alguma deficiência para estes anencéfalos não podemos nos divertir, não podemos ter prazer, temos que viver dentro de casa, trancados em um quarto. Afirmo, existem muitas pessoas que se incomodam de ver deficientes de modo geral se divertindo.
Isto é só um exemplo que trouxe à tona, ainda existe essa segregação em aplicativos de paquera, em festas diversas, no dia a dia, enfim em vários setores do cotidiano.
Recentemente li em um site, onde ele ensina o deficiente físico a se dar bem em baladas e o mesmo autor escrevendo de forma machista se refere às mulheres como objetos e que pegava algumas durante a noite. E para isto o mesmo dá algumas dicas essenciais, sendo elas, basta você seguir um padrão estético, mesmo estando na cadeira de rodas. Diante dessas palavras você conseguiria tudo na noite, mas para quem não vive em uma bolha sabemos que a realidade é outra.
Ninguém é igual ao outro, cada um possui as suas dificuldades, não é vestindo uma roupa de marca que você resolve seus problemas, não é comprando um carro importado que vai aumentar o tamanho do seu órgão genital masculino.
Precisamos trabalhar nossa autoestima e assim ir aprendendo a conquistar quem realmente nos interessa, precisamos dar valor em cada segundo junto a pessoa querida, assim não precisamos de vários parceiros na noite. Um adendo caso você quiser ter vários parceiros na noite, pode também, afinal o corpo é seu, a vida é sua e você tem o direito de conduzi-la como quiser.
Se você leitor cadeirante/deficiente estiver lendo isso, agarre as oportunidades que a vida lhe dá, de fazer o que a sociedade acha errado, faça, não passe vontade, conheça a ti mesmo, conheça seus limites e viva e não simplesmente só sobreviva nesse mundo de caos. Lembrando jamais prejudique o próximo com suas decisões, reforçando faça o que quiser desde que não prejudique o outro!
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Dois cadeirantes portadores de AME, contam um pouquinho sobre suas vidas e fazem o leitor refletir sobre as questões e dificuldades do cotidiano. https://eficientesdeficientes.blogspot.com/
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